Férias Açores 2007

Bem vindos à exótica ilha Terceira, informa o comandante do võo 1822 da Tap. Exótica?... ok... só se as vaquinhas andarem pintadas com tintas fluorescentes, ou algo do género..
A coisa começou logo a emocionar quando tive de passar o meu "portátil" pela alfândega. O fiscal de serviço ia tendo um enfarte logo ali, com o peso bruto inesperado. Deu um palavrão tão alto, que me pareceu que só não ouviu quem estava já em Lisboa.
O ar nos açores realmente é muito pesado. A humidade está quase sempre acima dos 90%, o que faz cansar e suar muito, nos primeiros dias... chego ao meio dia ja cheio de sono, sem vontade de fazer nada. Não é grave, também estamos de férias. A comida, embora espectacular, também não ajuda muito a manter-me desperto.
E vaquinhas. Já disse que tem lá muitas vaquinhas que dão leitinho?
Angra do Heroísmo é uma cidade em crescimento. Coisa acolhedora. Muitos cafés e cervejarias, como convém, com bons preços. Nada como certas capitais que eu cá sei. Por falar em café, o dono do café onde ia de manhã era bichona. Muito, mesmo. Nada contra, mas pareceu-me engraçado mencionar isso.
Estive no Algar do Carvão, que é como o nome indica, uma chaminé de um vulcão extinto. (NR: um algar é um poço vertical, e Carvão é como se chama a terriola onde aquilo fica)
é uma atracção arqueológica, criada por uma erupção há cerca de 3000 anos, onde se podem ver as únicas estalactites de silica do mundo (as outras costumam ser de cálcário, muito mais comuns... para quem não se lembra, calcario é coisa que não existe em rochas vulcânicas...)
è um poço de mais de 100 metros de profundidade, no qual se acumula uma lagoa no fundo, que é enchida apenas com as águas da chuva. No inverno chega a atingir os 15 metros de profundidade. Neste momento não teria mais de 4m. Quem lá for, favor levar 3.5€ para e entrada e agasalho, que é frio... E favor não atiçar os touros pela estrada fora. Aqueles cornos ja mandaram uns para o hospital, e outros para a morgue.
Touradas é que ha muitas. Cá há comissoes de festas, lá é de touradas. E cada freguesia faz várias ao longo do ano. Muitos euros circulam por ali, quer seja em comida, bebida, roupa nova, roupa estragada pelas cornadas... e nas vaquinhas. tem muitas vaquinhas. Se chamarem por elas, elas vêm...ó Maria! ó Filomena! ó Catarina Salgado(referencia obrigatoria)!
Há mais para contar, mas talvez noutra altura...